Espetacular, incrível, animal, impressionante, mágico, admirável, estupendo, magnífico, maravilhoso, grandioso e F#D@ PRA CA#%@H&... Isso aí talvez retrate bem o sentimento que é ver o Kiss ao vivo.
Assistir a performance do Kiss deveria ser obrigatório a todos, tipo matéria de escola.
O maior espetáculo musical que eu já presenciei na vida.
Esse título, até então, estava com o Slipknot, com o show do Knotfest em 2022, mas o Kiss veio com tudo para tomar o primeiro lugar no pódio depois do que vi as 21h daquele sábado, 22 de abril de 2023 no gramado do Allianz Parque em São Paulo.
Me recuso a chamar de show, porque é pouco. A palavra realmente é espetáculo.
O Kiss entrega uma experiência 100% pensada a todos que presenciam, seja fã, seja admirador, seja apenas um espectador. É uma festa com tudo que tem direito (só não tem bolo). São duas horas que poderiam ser 6 numa boa, porque acontece tanta coisa que a gente nem vê o tempo passar.
É um espetáculo musical, mas que entrega experiências além das auditivas. O Kiss sempre foi conhecido por seus shows grandiosos, cheio de pirotecnia, fogo e etc, mas realmente eu não achei que seria tanto assim.
Paul Stanley, Gene Simmons, Eric Singer e Tommy Thayer são lendas do Rock`n Roll, imparáveis e insaciáveis. O espetáculo já começa com o clássico "Detroit Rock City", vindo diretamente do disco "Destroyer" de 1976, com os caras descendo numa plataforma alçada no próprio palco, enquanto descem as cortinas, explodem os fogos e brilham as luzes.
O Allianz PULSAVA (como se fosse um gol do Dudu) a cada hit que tocava. E o repertório, inclusive, impecável, passeando pelos 50 anos de estrada da banda. Rolou "Shout It Out Loud", "Deuce", "War Machine" e "Heaven 's On Fire" logo de cara, porrada atrás de porrada.
Eric Singer é o pulmão da banda conduzindo a batera, no chão, no alto, nas bases, nos solos, nos ritmos e além de performar no piano e voz no hit "Beth", já no Bis.
Tommy Thayer é o lead guitar foda! Nos solos e nas bases, entrega aquele timbre insano do classic hard rock.
Mas aí vem, Paul Stanley e Gene Simmons… duas lendas vivas!
Paul é o típico rockstar que comanda a maioria dos vocais e ainda entrega as bases de guitarra. É o sexy simbol da banda, no auge dos seus 71 anos, cantando, dançando, rebolando, tocando, conduzindo 60 mil pessoas de forma magistral, em cima do seu salto plataforma de pelo menos uns 20 centímetros, descendo de tirolesa pra cantar "Love Gun" e "I Was Made For Lovin`You"… O CARA É FODA! LEGEND!
E o Gene Simmons é uma ENTIDADE. Não tem o que dizer desse senhor de 73 anos performando nas linhas de bass, de lead e backing vocal. Conduzindo "God Of Thunder" alçado na plataforma, logo depois do já clássico rito de solar e babar sangue, numa performance macabra e assustadoramente foda! G.S é uma entidade a serviço do Rock`n Roll! LEGEND!
Um detalhe que notei é o tipo de mixagem que a banda propõe. Inevitavelmente a potência dos vocais não é a mesma em comparação a outros tempos e por isso as vozes não ficam tão em "primeiro plano", como por exemplo acontece no show do Scorpions. E uma música ou outra, dá pra perceber uma "ajuda" de playback, mas nada que abale o sentimento da grandiosidade performática que o espetáculo proporciona.
Depois do clássico "Do You Love Me" vem o gran finale com "Rock`n Roll All Night" e uma chuva de papel picado pra coroar a festa e lavar a alma.
É provável que esse tenha sido o "the last dance" do Kiss no Brasil, segundo o próprio Paul Stanley, dias 1 e 2 de dezembro de 2023 acontecerão os últimos shows da história da banda, no Madison Square Garden em Nova York. A gente torce pra que isso mude, mas se realmente for a aposentadoria, vai ser merecido e com a sensação de dever cumprido por uma das maiores (se não for a maior) bandas de Rock`n Roll da história da humanidade.
Só nos resta agradecer ao Monsters Of Rock, ao Kiss e aos deuses do Rock`n Roll.
Uma noite absolutamente inesquecível.
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