Eu queria ter a capacidade do Alter Bridge de fazer refrão e só 1% da ABSURDA E IMPRESSIONANTE técnica vocal do Myles Kennedy. Me perdoem o palavrão, mas PUTA QUE PARIU, irmão. Chega a ser bizarro de tão bom que é.
Chega mais que eu te conto, por um olhar de fã, como foi o show do Alter Bridge na noite do dia 08/11/2023 no Espaço Unimed em São Paulo.
O Alter Bridge tá na minha vida desde 2007 quando conheci o "Black Bird", segundo disco dos caras. E aqui cabe um parênteses importante pra essa história: Em 2007 eu já era do Hard Rock, porque minha irmã me viciou em Aerosmith desde muito criança, e além disso, também estava no auge do Emo, que bombava demais na época.
Aí, meu bruxo Bruno Queiroz, decidiu fritar a minha cabeça me apresentando "SÓ" 3 bandas que eu sou fã até hoje, numa tacada só o cara me mostrou ALTER BRIDGE, BULLET FOR MY VALENTINE E A DAY TO REMEMBER! PQP! Só isso kkkkk.
Essas bandas abriram minha cabeça pra sons mais pesados, o que hoje se transformou em MetalCore e afins.
E a fita é: Trombei o Bruno no show ontem! hauhauaha.
O mano me apresentou o AB e do nada colou no show também. Muito foda! Gratidão demais, meu bruxo s2.
Fecha parênteses (se não fechar, dá azar).
Depois de alguns anos, o Alter Bridge voltou ao Brasil com a tour "Pawns & Kings", título do seu último disco lançado em 2022. Vocês tão ligados que o AB é o Creed com outro vocal? Sem força de expressão, é real mesmo. Mark Tremonti (guitarra), Brian Marshall (baixo) e Scott Phillips (bateria) é exatamente a banda que acompanhava o Scott Stapp no auge do Creed.
Aí, em 2004 os caras se juntaram ao EXCELENTE (eu vou exaltar sempre) Myles Kennedy, fundaram o Alter Bridge e até então já lançaram 8 discos, sem contar os EPs e álbuns ao vivo.
O show rolou no Espaço Unimed, na capital de São Paulo, ali pertinho do Allianz Parque, recinto sagrado da toda poderosa SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS. Nunca tinha ido, mas achei bem fácil de chegar, organizado, amplo e com uma estrutura beeeeem legal pra show.
O primeiro fato a ser relatado sobre o show é que: É IMPRESSIONANTE A CAPACIDADE DO ALTER BRIDGE DE ESCREVER REFRÃO BOM! PQP mano, todos os refrões são bons. As melodias e harmonias são excelentes, daquelas que grudam na mente, que te fazem ter vontade de cantar junto. Seja dos discos antigos, dos hits consolidados ou dos novos singles, música do AB é garantia de refão foda!
Outro ponto que achei interessante foi a mix do show. Talvez a geração do AB seja a última que tem a característica de deixar as guitarras e vozes mais em primeiro plano do que a bateria. No show do Bring Me The Horizon, por exemplo, a batera fica muito pra frente e o restante compõe. No caso do AB, inclusive por contarem com dois guitarristas fodas, a batera fica mais "pra trás" na mix. Eu gosto dos dois jeitos, mas dá pra notar claramente a diferença das referências de cada geração nesse quesito.
Batera e bass, inclusive, fazem uma ótima "cozinha" em todos os sons dos caras. Brian Marshall, o baixista, é daqueles clássicos que tocam no estilo pizzicato (com o dedo), diferente de uma geração de baixistas mais novos que preferem as palhetas pra trazer um som rasgado e agudo. Também gosto das duas formas kkkkk.
Mark Tremonti é um show a parte também! Puta guitarrista foda. Acho preza que ele consegue fazer a junção das clássicas referências do blues e hard rock (principalmente quando pega sua Gibson LesPaul) com a modernidade e peso do metal, metalcore, heavy metal e afins. É uma mistura que faz dele um guitarrista muito completo, com a capacidade de levar as músicas do AB pra qualquer lado que precisar.
MAS AÍ, SENHORAS E SENHORES… EXISTE UM CARA CHAMADO MYLES RICHARD KENNEDY, nascido em Boston no dia 27 de novembro, cantor, compositor, guitarrista, pianista e dono de uma das vozes mais potentes e inacreditáveis que eu já ouvi na vida.
É normal ver e ouvir em shows, a expectativa aumentando no momento da intro da primeira música. É sempre um momento de catarse onde se cria um ambiente para que a primeira música venha. Só que nesse show rolou algo que eu nunca tinha visto…
A primeira nota que o Myles Kennedy cantou (aquele "ooohhhhhh aaaaaa" que acompanha o riff foda da intro de "Silver Tongue"), a reação de todo mundo ao meu redor foi: "CARALHO! QUE VOZ ABSURDA", "PQP! OLHA ESSA VOZ"... Cara, todo mundo ficou impressionado, porque a potência que chegou pra gente foi surreal, sem ele nem fazer força kkkkkkkk.
O comentário de todo mundo durante o show era muitas vezes voltado pra esse lado de "a voz dele é mais foda ao vivo do que no disco", "que voz foda, PQP!"...
E realmente… a performance do MK na guitarra é muito foda, o cara é completo. Um puta guitarrista bom, seja nos riffs ou nos solos.
Mas a voz dele realmente é IMPRESSIONANTE. Um controle vocal absurdo sem aparentar que está sequer se esforçando kkkk.
Na grande maioria do tempo sem nada de backing vocal, pedal de efeito, dobras, terças, oitavadas… NADA NADA, era a voz dele nua, crua, potente e foda pra caralho!
Na moral, não to exagerando, foi o sentimento de todo mundo ali. A voz do cara é melhor que no disco, mano!!! kkkkkkkkkkk chega a ser bizarro de tão bom.
Ele não se esforça, ele não se esguela kkkkk, ele é calmo, tranquilo, sereno, ele não é um showman que corre 15km no palco durante o show, mas ele entregou uma performance vocal que tirando o mestre Steven Tyler, eu nunca tinha visto igual, na moral.
Show de 1 hora e quarenta minutos, 17 músicas no setlist, teve metal, love song, acústico, guitarra com afinação standard, drop D, drop B, música de 2007, música de 2015, música de 2022 e tudo mais…
O Alter Bridge caminha entre a essência do Metal Alternativo, com referências de hard rock e post grunge, mas de fato é uma PUTA BANDA FODA PRA CARALHO com um dos vocalistas mais completos do rock`n roll da atualidade.
A banda é foda, as músicas são fodas, mas o que o MK entrega é realmente impressionante de tão incrível que é.
E MK, dia 31/01 nos encontramos novamente, dessa vez com a companhia de guitarrista iniciante aí… um tal de Slash…
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